A empresa INTS iniciou nesta semana uma onda de demissões na Maternidade Lourdes Nogueira, justificando a medida como um CORTE DE GASTOS . A decisão afeta diversos profissionais da área administrativa e assistencial, incluindo enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos e farmacêuticos.
O impacto da redução de funcionários preocupa tanto pela sobrecarga da equipe remanescente quanto pelo risco à qualidade do atendimento prestado a gestantes e recém-nascidos internados na UTI Neonatal.
Além disso, a empresa está sob investigação em uma auditoria por suspeita de irregularidades e superfaturamento de contratos, o que levanta questionamentos sobre a real motivação das demissões.
- Profissionais denunciam condições críticas de trabalho
Funcionários da maternidade relatam que já enfrentavam sobrecarga desde o fim do ano passado, agravada pela falta de reposição de profissionais em períodos de férias ou afastamentos por atestado médico.
“Estamos sem folguistas para cobrir férias. Quando alguém precisa se afastar, não há substitutos, o que compromete a escala de trabalho e impacta diretamente o atendimento. Estamos exaustos, lidando com remanejamentos constantes de setores. Profissionais treinados para atuar no Centro Obstétrico são deslocados para UTIN ou Sala de Parto, sem preparo adequado para essas funções específicas.” – Relata a funcionaria do setor.
Outro problema grave apontado é a impossibilidade de descanso durante os plantões.
“Muitas vezes batemos o ponto do descanso, mas não conseguimos parar de fato. Precisamos retornar ao setor para evitar sobrecarregar os colegas ou adiantar tarefas burocráticas.”
A crise na unidade levanta preocupações sobre a continuidade dos serviços essenciais prestados às gestantes e recém-nascidos. Até o momento, a INTS não se pronunciou oficialmente sobre as denúncias.
