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Sergipe, 205 anos de emancipação política: da luta pela autonomia ao protagonismo no cenário nacional

Neste 8 de julho de 2025, o estado de Sergipe comemora 205 anos de sua emancipação política, um marco que representa a conquista da autonomia frente à antiga subordinação à Bahia. A história política sergipana é repleta de episódios de resistência, protagonismo regional e figuras emblemáticas que moldaram o destino do menor estado do Brasil em território, mas gigante em identidade.

A separação da Bahia: um grito por autonomia

No período colonial, quando a Capitania de Sergipe era subordinada à Bahia, havia muitas insatisfações entre a elite local, que se via privada de decisões administrativas e políticas importantes.

O emancipação veio em 26 de junho de 1820, quando foi assinado o decreto régio por Dom João VI. Em 8 de julho de 1820 que o documento foi publicado oficialmente e Sergipe passou, de fato, a ter autonomia política e administrativa, sendo elevado à condição de Capitania independente da Bahia, sendo essa a data consagrada e celebrada como feriado estadual e o marco oficial da emancipação.

Essa conquista só foi possível graças ao esforço de lideranças locais que reivindicavam maior autonomia para administrar seus próprios assuntos. Senhores de engenho e comerciantes de cidades como São Cristóvão e Laranjeiras, embora não individualmente destacados nos documentos da época, foram parte ativa no movimento pela autonomia. mais influentes da elite agrária local, que articulava ideias de progresso, desenvolvimento econômico e liberdade administrativa para o território sergipano.

Os primeiros passos como província e a era imperial

Com a Independência do Brasil em 1822, Sergipe passou a ser Província do Império. Neste período, a política local era dominada por famílias tradicionais, muitas delas ligadas à produção de açúcar e ao latifúndio. Figuras como Manuel Fernandes da Silveira, Domingos José Martins, e Cândido José de Araújo Viana ocuparam postos de destaque e ajudaram a estruturar as primeiras instituições da província.

Ao longo do Império, a província de Sergipe teve papel modesto no cenário nacional, mas consolidou instituições, cidades e suas bases econômicas, especialmente com a expansão da agricultura canavieira e da pecuária.

Da República Velha à era Vargas: centralização e modernização

Com a Proclamação da República, em 1889, Sergipe passou a integrar a nova ordem republicana. Durante a chamada Primeira República (ou República Velha), o estado foi comandado por oligarquias locais, em especial pelas famílias Garcez, Fontes e Leite Franco, que se revezavam no poder através de acordos políticos e controle do voto.

Na Era Vargas (1930-1945), a centralização do poder reduziu o espaço de manobra dos líderes estaduais, mas também trouxe modernização. O interventor Augusto Maynard Gomes, indicado por Getúlio Vargas, promoveu importantes reformas administrativas, criou órgãos públicos e incentivou a industrialização incipiente do estado.

Redemocratização e figuras emblemáticas do século XX

Com a redemocratização pós-1945, novos nomes emergiram na política sergipana. Dentre os mais notáveis:

  • Leandro Maciel – Governador e senador influente, pai do também político José Carlos Teixeira.
  • João Alves Filho – Um dos nomes mais marcantes da história recente. Foi governador por três mandatos, ministro do Interior no governo Sarney e figura dominante na política estadual por décadas.
  • Jackson Barreto – Ex-prefeito de Aracaju, deputado federal, vice e depois governador do estado, com forte base popular e grande influência nos rumos políticos de Sergipe desde os anos 1980.
  • Albano Franco – Governador nos anos 1990 e responsável por políticas de privatização e modernização administrativa. Vindo de uma das famílias mais tradicionais do estado.
  • Marcelo Déda – Talvez o mais carismático líder político da história recente. Foi prefeito de Aracaju, deputado federal e governador de Sergipe, com forte atuação na esquerda, sendo um símbolo do PT no Nordeste. Sua morte precoce, em 2013, foi uma comoção no estado.
  • Maria do Carmo Alves – Primeira mulher eleita senadora por Sergipe, com vários mandatos, e esposa de João Alves Filho. Teve forte influência política e defendeu pautas conservadoras.

O novo século: renovação e desafios

Nos últimos anos, Sergipe tem vivenciado uma política mais fragmentada e marcada por alianças pragmáticas. Figuras como Belivaldo Chagas, Fábio Mitidieri (atual governador), e Alessandro Vieira (senador e ex-delegado da Polícia Civil) têm ganhado destaque, representando diferentes espectros ideológicos e estilos de governança.

Por outro lado, novos nomes como Emília Corrêa, atual prefeita de Aracaju e primeira mulher a ocupar o cargo, os deputados Rodrigo Valadares e Thiago de Joaldo, despontam como parte de uma geração política que pretende renovar o quadro tradicional, ainda que sob forte disputa com as oligarquias e seus remanescentes.

Entre tradição e transformação

E se o território de Sergipe ainda fizesse parte da Bahia. Será que teríamos ainda nossas cidades como entre as mais violentas do Brasil? Será que Aracaju estaria num grau de desenvolvimento econômico inferior ao atual? Será que teríamos o mesmo destaque no turismo?

A resposta para essas perguntas é incerta, mas a resposta mais provável para todas elas é “NÃO”. Uma coisa é certa: Não seriamos conhecidos como o país do forró.

Esses questionamentos servem para a reflexão e valorização dos nossos antepassados, que lutaram para que Sergipe fosse um estado independente. Graças ao esforço deles, nosso estado pode crescer e atingir um bom nível de desenvolvimento, sendo hoje um dos mais seguros da região Nordeste e que recebe gente de todo o Brasil. Não apenas turistas, mas pessoas que escolhem viver aqui pela tranquilidade de um estado pequeno e longe dos problemas de cidades grandes.

O desafio para os próximos anos será transformar essa história de lutas e conquistas em políticas públicas que ampliem a cidadania, combatam as desigualdades e projetem Sergipe para um futuro de mais independência para seus cidadãos e crescimento econômico.

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Redação Aracaju24h

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